quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Lean Healthcare

Lean Healthcare

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Diariamente nos deparamos com relatos e reportagens de pacientes insatisfeitos com a Saúde no Brasil. O tempo de espera e a má qualidade no atendimento estão dentre as principais críticas. 
Nas redes sociais, o humor muitas vezes faz críticas veladas. 

"Na unidade de atendimento,o medico olha bem para o paciente e estranha:
-Amigo,eu sou pediatra.Como é que um adulto marca consulta com um médico de crianças?
-Que absurdo,não doutor?
Por ai o senhor pode calcular há quanto tempo estou nesta fila..."

Frente a isso, surgiu o conjunto de filosofias operacionais Lean Healthcare, com o intuito de reduzir o desperdício e a espera dos pacientes, criando um valor máximo para eles. A filosofia teve como base a linha de produção toyotista, com gerenciamento de estoque, redução de resíduos e melhoria de qualidade. Trata-se, então, de um sistema de gerenciamento enxuto. 

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Estratégias de Implementação

Dentre as estratégias, podemos citar algumas delas: 
  • 5S: conjunto de conceitos com o intuito de garantir um local de trabalho limpo e organizado. ("Ordenar, varrer, simplificar, padronizar, sustentar / autodisciplinar”).
  • Mapa de fluxo de valor: trata-se de uma ferramenta visual para o entendimento do fluxo de pacientes, suprimentos ou informações, mapeando os processos de fato necessários para a administração do serviço. 
  • Kanban: sistema de sinalização visual quando são necessárias novas peças e/ou serviços no momento em que são ncessários e na quantidade necessária, evitando desperdícios. 
  • Cadeia de ajuda: interação e envlvimento de pessoas para solução de problemas, permitindo respota rápida e evitando o repasse de defeitos. Defiine-se os integrantes e suas devidas responsabilidades. 
Na fila do Hospital do SUS

Atividades de uma empresa

Em uma empresa ou organização de saúde, existem aquelas atividades que agregam valor ao cliente, como por exemplo a consulta em si; existem aquelas atividades que não agregam valor ao cliente mas que são necessárias para ele, por exemplo o preparo de sua medicação; e existe também o tipo de atividade que não agrega valor e nem é necessário ao paciente, por exemplo um tempo de espera que pode muito bem ser reduzido com uma boa gestão e com o uso de uma filosofia empresarial e operacional de sistema de gerenciamento enxuto. 

O que esperaros então da filosofia Lean?

  • Melhoria no tempo de admissão, coleta, entrega, triagem, dispensa, estadia, espera;
  • Aumento da satisfação do paciente;
  • Melhor organização dos sistemas de saúde;
  • Redução de: defeitos, superprodução, inventários desnecessários, processamento inapropriado transporte excessivo.
  • Diminuição dessas atividades que não agregam valor e que não são necessárias ao cliente/paciente. 

Conclusão

Conceituando-se "valor" sob o ponto de vista do paciente, eliminando desperdícios, evitando filas, implantando um fluxo contínuo e gerenciando em busca da perfeição, a cultura Lean traz a solução para muitos dos problemas enfrentados pela saúde pública no Brasil, trazendo menos custos operacionais e melhor atendimento aos indivíduos. 


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Referências:
http://www.escolaedti.com.br/lean-healthcare-guia-da-gestao-de-processos-na-area-da-saude/ 
http://www.fm2s.com.br/o-que-e-lean-healthcare/ 
Acesso em: 30/11/2017

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Ferramentas de Gestão de Qualidade em Saúde

Como dito na postagem anterior, nesta postagem vamos abordar algumas das  diferentes ferramentas de gestão que podem e devem ser utilizadas para alcançar a excelência da qualidade em saúde.

Essas ferramentas são instrumentos que auxiliam na análise de fatos e na tomada de decisões.

Vamos a elas!

Folha de verificação: é utilizada para coletar dados e possibilitar a percepção de uma reação, pois coleta os dados de forma orientada e baseia as decisões em fatos. Seriam basicamente planilhas organizadas onde é possível realizar anotações de um determinado levantamento de dados.


Diagrama de pareto: é um tipo especial de gráfico de barras verticais utilizado para ressaltar a importância entre problemas e estabelecer prioridades.


No diagrama de pareto, trabalha-se os problemas 80% mais incidentes. Dessa forma, os outros 20% ou não têm importância ou resolvem-se automaticamente.


Diagrama de causa e efeito ou espinha de peixe ou diagrama de Ishikawa: esse diagrama é utilizado para identificar a causa de um determinado problema. Ele organiza o racíocinio em discussões sobre o problema, ou seja, pode ser utilizado durante um "brainstorm" buscando identificar a causa raiz de um determinado efeito.


Matriz GUT: a matriz GUT é utilizada para a priorização de problemas. Ela é definida a partir da atribuição de valor de um a cinco pontos para cada uma das três dimensões do problema, sendo elas: gravidade, urgência e tendência.

Gravidade: o quão grave aquele problema ficará se não for resolvido.

Urgência: o quão urgente é aquele problema.

Tendência: qual a tendência daquele problema piorar se não for resolvido.


Matriz SWOT ou FOFA: é uma matriz onde são identificados os pontos fortes e fracos da organização e também as oportunidades e as ameaças que o ambiente externo fornece à mesma. A construção da matriz FOFA traça uma análise situacional da organização.


5W3H: esse modelo é utilizado para a implementação de uma solução. Está baseado, de forma organizada, na identificação das ações, definição das responsabilidades, métodos, prazos e recursos associados. Trabalha com as 8 questões abaixo:

What? (O que?)
Who? (Quem?)
When? (Quando?)
Where? (Onde?)
Why? (Por quê?)
How? (Como?)
How much? (Quanto?)
How measure? (Como medir?)

5S: ferramenta baseada nos cinco sensos japoneses e que trabalha com a mudança da cultura organizacional. Pode ser considerado uma etapa inicial para o desenvolvimento de uma estratégia voltada ao alcance da qualidade total da prestação de serviços.


PDCA: essa é uma ferramenta baseada em quatro ações: Planejar, Fazer, Checar e Agir ou Ajustar. O PDCA é também conhecido como modelo em roda, pois as ações estão vinculadas umas às outras. Também é utilizada buscando a melhoria contínua de processos e produtos/serviços.


BSC ou Balanced Scorecard: integra as visões de diversos setores da organização com a visão e a estratégia traçadas para a organização.


Apresentamos aqui diversas ferramentas disponíveis para a utilização nas organizações de saúde para melhorar a gestão de qualidade. Para cada tipo de problema encontrado, podemos notar que uma ferramenta ou outra poderá ser mais atraente, sendo necessário identificar qual será ela. 

Cabe ressaltar que as mais variadas ferramentas não servem apenas para a gestão de organização de saúde, mas foram implementadas inicialmente em indústrias e trazidas para as demais áreas de produção, podendo ser inclusive utilizadas por estudantes para o gerenciamento de tempo e a priorização de problemas e compromissos.

Por hoje é "só"! =)


quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Planejamento e Princípios de Qualidade Aplicada aos Sistemas de Saúde


Nos últimos anos, vem ocorrendo um movimento crescente de modificação na estruturação do planejamento dos sistemas de saúde e algumas ferramentas e conceitos antes só aplicados em outros segmentos têm sido aplicados para melhorar a qualidade da prestação do serviço.

Na postagem de hoje serão abordadas as ferramentas e princípios de qualidade que podem e vêm sendo utilizadas.


O primeiro tema é a estruturação do planejamento, que segue a seguinte estratégia:

Planejamento estratégico: nível no qual o negócio é definido e moldado e os caminhos são traçados. Toda empresa necessita de uma estratégia que seja pensada pelas lideranças e disseminada para todos os colaboradores, possibilitando que as atividades de todos estejam alinhadas.

Planejamento tático: nível no qual a visão de longo prazo do negócio é desdobrada em visão anual e em metas mensais. Neste nível também são realizadas a gestão orçamentária e a melhoria de processos de forma sincronizada.

Planejamento operacional: nível no qual o trabalho do dia-a-dia é realizado e o resultado gerado. Cada colaborador da empresa deve exercer suas funções em alinhamento com a liderança buscando atingir a visão buscada para o negócio. Neste nível é necessária a padronização dos resultados visando a repetibilidade e confiabilidade nos resultados esperados.

Ainda neste caminho, para o sucesso de uma organização devem ser definidos três princípios básicos: visão, missão e valores. O conjunto desses três princípios cria a identidade organizacional.

Visão: onde a organização quer chegar

Missão: o compromisso da organização hoje

Valores: o que norteia a organização

Abaixo, como exemplo, temos esses três princípios do Hospital Sírio Libanês:


A definição desses princípios cria uma identidade organizacional que alinha a visão com os objetivos do negócio.

Todas as estratégias do negócio buscam o aumento da qualidade do serviço prestado. Mas como é possível definir qualidade?

Qualidade: propriedade que determina a essência ou natureza de ser ou coisa, podendo ter grau negativo ou positivo de excelência. Pode também ser característica superior ou atributo distintivo positivo que faz alguém ou algo sobressair em relação a outros, virtude, grau de perfeição ou conformidade em relação a um certo padrão. Em gestão, podemos definir qualidade como uma estratégia que busca otimizar a produção e reduzir os custos.


Para alcançar a qualidade, as organizações devem preocupar-se com a gestão da qualidade, que pode ser definida como:

Gestão da qualidade: forma como as organizações podem melhorar o seu desempenho e o necessário esforço para que sejam prestados serviços buscando sempre a excelência. Na saúde, já tratamos aqui no blog sobre a acreditação hospitalar, que é uma das formas de gestão da qualidade em saúde.

A utilização dessas metodologias vêm acompanhadas de diversas ferramentas de gestão. Para que essa postagem não fique demasiadamente longa, discutiremos sobre elas na próxima postagem.

Até lá!