O monitoramento e avaliação para tomada de decisão em saúde utiliza indicadores de qualidade de saúde para guiar a gestão de qualidade, auxiliando na tomada de decisão, possibilitando a melhora na gestão de qualidade. Os indicadores de saúde são instrumentos de medição de qualidade, tratam-se de variáveis que medem, quantitativamente, as variações ou comportamentos de qualidade pré-estabelecidos. Podem ser usados como um guia para monitorar e avaliar a qualidade de importante cuidados providos ao paciente e as atividades dos serviços de suporte.
Os indicadores de qualidade em saúde devem permitir a comparação em diferentes tempos, no mesmo local; em diferentes locais, no mesmo período de tempo. Dentre as características desejáveis aos indicadores de saúde podemos destacar: disponibilidade, validade, confiabilidade, sensibilidade, especificidade, pertinência, utilidade, viabilidade, simplicidade, discriminatoriedade, exatidão, atendimento a princípios éticos.
- Clientes: índice de satisfação.
- Recursos humanos: turnover, absenteísmo, acidentes de trabalho, horas de treinamento.
- Administrativos: taxa de ocupação de leitos, número de consultas por período, etc.
- Pacientes: mortalidade e morbidade, média de permanência, taxa de cesárea, taxa de infecção, etc.
Para auxiliar no processo de monitoramento e avaliação para tomada de decisão em saúde utiliza-se os KPIs (key performance indicators) que são métricas eleitas como essenciais para avaliar um processo de gestão, tratam-se de ferramentas voltadas para a análise de negócios. é importante que os KPIs sejam comparados a benchmarking (busca pelas melhores práticas e processos do mercado para você usar como comparação com aqueles que você aplica no seu próprio negócio de outras instituições no mesmo segmento de mercado). Por meio dessa ferramenta, é possível entender o que está funcionando e o que não está, e fazer as modificações necessárias para atingir os objetivos estabelecidos.
Dentro das estratégias para o monitoramento e avaliação para tomada de decisão em saúde há a gestão de risco em saúde, uma prática que visa identificar e analisar os riscos e tomar medidas necessárias para minimizar as perdas potenciais ou reais. Tal estratégia busca minimizar, e se possível, eliminar todo e qualquer impacto negativo ao cliente/paciente. O contínuo gerenciamento de riscos reduz a probabilidade de suas ocorrências. Dentre as consequências sociais, econômicas ou materiais, a mais grave é a perda da vida humana.
Dentre os riscos encontrados há os riscos clínicos e os não clínicos. Os riscos clínicos são focados no paciente, associados à ação direta ou indireta dos profissionais de saúde, resultantes da ausência ou deficiência de políticas e ações organizadas na prestação de cuidados de saúde, podem gerar danos irreversíveis a saúde física ou psicológica dos pacientes. Já os riscos não clínicos são focados na administração, envolvem equipamento médicos e equipamentos prediais, riscos elétricos e de incêndio, segurança ocupacional, proteção e gerenciamento de resíduos e materiais perigosos.
Por meio da RDC 2/2010 a ANVISA exige o gerenciamento de risco de todos os estabelecimentos de saúde, requerendo dos mesmos uma sistemática de monitorização e gerenciamento de riscos das tecnologias em saúde, visando a redução da ocorrência de eventos adversos. Tal processo envolve a vigilância de medicamentos, materiais e equipamentos médico-hospitalares, saneante, sangue e seus componentes.
Para o processo de gestão de riscos dependendo do objetivo pode-se utilizar diferentes indicadores de qualidade, como demonstrado abaixo:
- Planejamento da gestão de riscos: como abordar, planejar e executar - planejamento estratégico.
- Identificação dos riscos: determinar e documentar os riscos - diagrama causa-efeito.
- Análise qualitativa dos riscos (priorizar usando probabilidade e impacto) - matriz GUT.
- Planejamento de respostas aos riscos : aumentar oportunidade e reduzir ameaças: matriz SWOT.
- Monitoramento e controle de riscos: acompanhar e aplicar respostas: 5W3H.